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Vale reabre mina de Capanema e anuncia investimento bilionário em mineração sustentável

Vale reativa mina de Capanema após 22 anos com tecnologia sem barragens e aporte de R$ 67 bilhões em Minas Gerais até 2030.

Uma mina que volta ao mapa da mineração

Após 22 anos de paralisação, a Vale anunciou a retomada da mina de Capanema, localizada em Ouro Preto (MG). A reabertura não é apenas simbólica: marca uma guinada tecnológica e sustentável da maior mineradora do Brasil. O projeto prevê investimentos de R$ 67 bilhões até 2030, consolidando Minas Gerais como eixo central da estratégia de produção de minério de ferro da companhia.

Segundo a empresa, a mina deverá adicionar 15 milhões de toneladas/ano à capacidade produtiva, reforçando a meta global de 340 a 360 milhões de toneladas anuais de minério.

Tecnologia sem barragens e sem uso de água

O maior diferencial de Capanema é o modelo operacional. O processamento será realizado sem uso de água, eliminando a necessidade de barragens de rejeitos. Essa inovação busca evitar riscos ambientais como os desastres que marcaram a história recente da mineração no estado.

Além disso, a Vale anunciou o uso de caminhões autônomos e técnicas de reprocessamento de pilhas de rejeitos, sinalizando que a tecnologia será peça-chave na nova fase da mineração brasileira.

Investimento e impacto regional

Até agora, cerca de R$ 5,2 bilhões já foram aplicados na retomada. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, destacou que o empreendimento representa empregos, arrecadação e desenvolvimento local. Para o CEO da Vale, Gustavo Pimenta, Capanema simboliza a “mineração do futuro”: mais segura, automatizada e alinhada às exigências de sustentabilidade.

A expectativa é que o projeto reduza em até 30% a dependência da Vale de barragens de rejeitos, reposicionando a empresa como referência em inovação ambiental.

Reflexos para a indústria e manutenção

A retomada da mina de Capanema não afeta apenas a mineração. O investimento bilionário movimenta uma ampla cadeia: fornecedores de máquinas pesadas, empresas de manutenção industrial, fabricantes de equipamentos de automação, siderurgia e logística.

Para o setor de manutenção, o destaque está nos novos padrões de confiabilidade exigidos por operações com alto grau de automação. Sistemas de transporte sem água e caminhões autônomos demandam manutenção preditiva, monitoramento remoto e equipes altamente capacitadas. É uma oportunidade de reposicionar serviços e tecnologias de suporte dentro da mineração 4.0.

Conclusão

A reabertura da mina de Capanema marca um divisor de águas para a Vale e para o setor mineral brasileiro. O projeto une recuperação econômica, inovação tecnológica e compromisso ambiental em um pacote que pretende redesenhar a forma de minerar em Minas Gerais.

Para a indústria e manutenção, significa novos contratos, modernização de processos e a chance de participar de uma transformação estrutural em um dos setores mais estratégicos do país.

Fonte de referência: Reuters, Mining.com, Investing.com, O Tempo, InfoMoney, AnoticiaRegional.

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