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Gasoduto Bioceânico: corredor de 1.050 km promete redefinir o mapa energético da América do Sul
Com R$ 50 bilhões em investimentos previstos, o Gasoduto Bioceânico irá ligar Argentina, Paraguai e Brasil em um trajeto de 1.050 km. O projeto deve reduzir custos de importação, impulsionar a industrialização regional e consolidar o Brasil como hub energético do Cone Sul.
Um dos projetos mais ambiciosos da infraestrutura sul-americana começa a ganhar forma: o Gasoduto Bioceânico, planejado para interligar Argentina, Paraguai e Brasil em um corredor energético de 1.050 quilômetros. Orçado em cerca de R$ 50 bilhões, o empreendimento pretende levar o gás da megajazida de Vaca Muerta, localizada na Patagônia argentina, diretamente ao mercado brasileiro, hoje dependente de importações mais caras de gás natural liquefeito (GNL).
A iniciativa surge como um divisor de águas para a matriz energética da região. De acordo com estimativas preliminares, o gasoduto poderá gerar uma economia anual entre R$ 8 e R$ 10 bilhões para o Brasil, ao substituir parte das importações de GNL por gás transportado por dutos, mais estável e competitivo. O Paraguai, por sua vez, assume papel estratégico como rota intermediária, beneficiando-se da arrecadação com tarifas de passagem e do acesso à nova infraestrutura.
Além do impacto econômico direto, o projeto tem potencial para atrair investimentos internacionais, acelerar a industrialização regional e fortalecer a integração energética sul-americana. Especialistas apontam que o corredor pode ser decisivo para consolidar o Brasil como hub energético do Cone Sul, combinando a produção do pré-sal com o gás argentino.
Segundo dados da Agência Internacional de Energia (IEA), o Brasil deve ver sua demanda por gás natural crescer mais de 20% até 2030, puxada principalmente pelos setores de energia elétrica, fertilizantes e siderurgia. O gasoduto Bioceânico aparece como resposta estratégica a essa demanda, garantindo competitividade e previsibilidade de fornecimento.
O início das obras está previsto para 2027, com entrada em operação entre 2032 e 2033. O cronograma é ambicioso, mas reforça o interesse dos governos em reduzir a dependência de importações de GNL e abrir espaço para novas parcerias em transição energética e sustentabilidade.
Mais do que um investimento em logística, o gasoduto representa um movimento geopolítico. Ao unir três países em torno de um projeto energético comum, o corredor cria condições para ampliar a cooperação regional, explorar sinergias na infraestrutura e abrir caminho para futuros acordos de integração em energia renovável e hidrogênio verde.
Impactos práticos do Gasoduto Bioceânico
- Extensão total: 1.050 km, ligando Argentina, Paraguai e Brasil.
- Investimento previsto: R$ 50 bilhões.
- Prazo estimado: início das obras em 2027, operação entre 2032 e 2033.
- Origem do gás: megajazida de Vaca Muerta (2ª maior reserva de gás de xisto do mundo).
- Economia esperada: entre R$ 8 e R$ 10 bilhões por ano na importação de gás.
- Efeitos econômicos: geração de empregos, atração de capital estrangeiro, fortalecimento da indústria regional.
- Relevância estratégica: redução da dependência do GNL importado, consolidação do Brasil como hub energético do Cone Sul.
Fontes de referência:
Agência Internacional de Energia (IEA, 2024); CPG Click Petróleo e Gás – Gasoduto Bioceânico: corredor de 1.050 km entre Argentina, Paraguai e Brasil (2025); Ministério de Energia da Argentina (2025).
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