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Ataques cibernéticos na indústria crescem 46% em 2025 e acendem alerta de segurança
Relatório aponta alta de 46% nos ataques cibernéticos ao setor industrial em 2025, com destaque para ransomware. Falhas de segurança podem paralisar linhas de produção e gerar prejuízos milionários.
A digitalização acelerada das operações industriais trouxe ganhos de eficiência e competitividade, mas também abriu espaço para uma ameaça crescente: os ataques cibernéticos. Em 2025, o setor industrial registrou um aumento de 46% nas tentativas de invasão e ransomware, segundo relatório da Honeywell.
O dado acende um alerta para empresas que cada vez mais dependem de sistemas conectados, internet das coisas (IoT) e automação inteligente. Nesse contexto, uma invasão maliciosa pode significar não apenas roubo de informações, mas a paralisação completa de linhas de produção, interrupção da cadeia logística e prejuízos milionários.
Risco elevado para setores críticos
Estudos recentes da Check Point Research e da IBM reforçam a preocupação: o setor de energia e manufatura está entre os três mais atacados do mundo, com tentativas que vão desde roubo de dados até bloqueio de sistemas industriais (OT). No Brasil, empresas ligadas ao petróleo, mineração e alimentos já registraram incidentes em 2024 que resultaram em paralisações temporárias.
Casos de ransomware — quando hackers sequestram sistemas e exigem resgate em criptomoedas — são os mais comuns. Além disso, cresce o uso de malwares direcionados a sistemas SCADA e PLCs, que controlam processos industriais sensíveis, elevando o risco de acidentes e falhas de segurança.
Impactos financeiros e operacionais
Um levantamento da Cybersecurity Ventures estima que os ataques cibernéticos podem custar até US$ 10,5 trilhões anuais ao mundo até 2025, tornando-se um dos maiores riscos globais para empresas. Para a indústria, que opera em regime de produção contínua, a cada hora de inatividade podem ser perdidos centenas de milhares de reais.
Além das perdas diretas, há danos à reputação, quebra de contratos e riscos de vazamento de informações estratégicas. Em setores críticos, como energia e infraestrutura, as consequências também podem atingir a sociedade, com riscos de apagões ou interrupções em serviços essenciais.
Caminhos para a proteção
Especialistas em segurança defendem que a indústria adote uma postura preventiva, baseada em três pilares:
- Proteção de endpoints e redes industriais com firewalls, monitoramento contínuo e sistemas de detecção avançada.
- Treinamento de equipes para identificar e responder rapidamente a tentativas de phishing e ataques sociais.
- Planos de contingência e backup robustos, garantindo que a produção possa ser retomada em caso de ataque.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) também recomendam a adoção de protocolos rígidos de cibersegurança, alinhados às melhores práticas internacionais (ISO 27001, NIST e IEC 62443).
Desafio para a Indústria 4.0
Com a chegada da Indústria 4.0, os desafios aumentam: mais sensores, mais conectividade e maior exposição aos riscos. Ao mesmo tempo, cresce o uso de inteligência artificial tanto para proteger quanto para atacar, criando uma corrida constante entre empresas e criminosos digitais.
Em 2025, o cenário deixa claro que a cibersegurança deixou de ser custo e se tornou fator de sobrevivência competitiva. Empresas que não investirem em proteção digital podem comprometer não apenas sua operação, mas todo o ecossistema produtivo ao qual estão conectadas.
Fonte de referência: Honeywell; IBM Security; Check Point Research; Cybersecurity Ventures; Agência de Notícias da Indústria.
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