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BRICS rejeitam protecionismo em resposta à guerra comercial de Trump
Em cúpula virtual, líderes do BRICS condenam o protecionismo, com Xi e Lula defendendo multilateralismo e cooperação frente à guerra comercial dos EUA.
A cúpula que uniu críticas e cooperação
Na última segunda-feira (8), os líderes do BRICS — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — realizaram uma cúpula virtual convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O encontro aconteceu em meio à escalada da guerra comercial provocada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que anunciou novas tarifas contra parceiros estratégicos.
A reunião expôs um alinhamento claro dos países emergentes: rejeitar o protecionismo, fortalecer o multilateralismo e buscar maior integração econômica, tecnológica e financeira entre as nações do bloco.
Xi Jinping: resistir a qualquer forma de protecionismo
O presidente da China, Xi Jinping, foi enfático ao pedir que os BRICS “resistam a todas as formas de protecionismo”. Para ele, salvaguardar o sistema multilateral de comércio é essencial diante do cenário de instabilidade global. Xi defendeu que os países explorem suas vantagens próprias e aprofundem a cooperação em áreas estratégicas como comércio, finanças e tecnologia.
“Quanto mais estreita for a cooperação entre os países do BRICS, mais confiança, opções e resultados efetivos eles terão para enfrentar os riscos e desafios externos”, afirmou Xi, segundo a agência Xinhua.
Lula: contra a “chantagem tarifária”
Lula aproveitou a cúpula para criticar duramente as tarifas unilaterais impostas pelos Estados Unidos e Europa, classificando a prática como “chantagem tarifária”. Segundo o presidente, medidas desse tipo colocam em risco não apenas o comércio internacional, mas também a soberania dos países em desenvolvimento.
O governo brasileiro, em comunicado oficial, ressaltou a preocupação com o “recrudescimento de medidas unilaterais” e defendeu que a resposta deve ser coletiva, por meio de cooperação reforçada no âmbito do BRICS.
O alvo: guerra comercial de Trump
O pano de fundo da cúpula foi a decisão de Donald Trump de impor novas tarifas sobre importações, afetando diretamente parceiros do bloco. O movimento reacendeu tensões comerciais e diplomáticas, levando o BRICS a reagir de forma coordenada.
A postura do bloco é clara: o protecionismo unilateral ameaça cadeias produtivas, eleva custos industriais e gera incerteza para economias emergentes que dependem do comércio internacional para sustentar crescimento e inovação.
Impactos para a indústria e manutenção
Para a indústria brasileira, a mensagem dos BRICS vai além da política. Tarifas elevadas significam encarecimento de insumos, pressão sobre cadeias de fornecimento e redução da competitividade em setores estratégicos como siderurgia, energia, mineração e logística.
Ao defender o multilateralismo, Brasil e China sinalizam que pretendem ampliar rotas alternativas de cooperação, mitigando riscos de dependência excessiva de mercados específicos. Isso pode abrir espaço para novos acordos tecnológicos e investimentos que, a médio prazo, dialogam diretamente com a modernização industrial e com a agenda de sustentabilidade.
Conclusão
A cúpula do BRICS em setembro de 2025 deixou claro que, diante da guerra comercial liderada pelos Estados Unidos, os emergentes pretendem erguer uma barreira diplomática ao protecionismo. Entre discursos firmes de Xi e Lula, o bloco reforça a aposta em multilateralismo, cooperação e inovação para reduzir vulnerabilidades.
No horizonte, fica a pergunta: até que ponto a coordenação entre Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul pode redesenhar o equilíbrio global do comércio e impactar o futuro da indústria?
Fonte de referência: Reuters, CNN Brasil, UOL/AFP, Exame, O Tempo, Brasil de Fato, Times of India, Economic Times.
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