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Transporte aquaviário brasileiro reduz emissões em meio ao aumento da carga transportada
O transporte aquaviário no Brasil registrou uma queda de 7,68% nas emissões de gases de efeito estufa entre 2021 e 2023, mesmo em um cenário de crescimento da movimentação de cargas. Nesse período, a cabotagem avançou cerca de 4% e a navegação interior teve alta de 14,4%, demonstrando que é possível ampliar a logística nacional ao mesmo tempo em que se reduz o impacto ambiental.
O resultado foi alcançado principalmente pela adoção de combustíveis mais limpos, com menor teor de poluentes, e pelo início de processos de modernização da frota. Motores mais eficientes, ajustes operacionais e maior atenção à eficiência energética contribuíram para esse desempenho, em linha com tendências globais de descarbonização no transporte marítimo.
Esse movimento ganha ainda mais relevância diante das novas metas estabelecidas pela Organização Marítima Internacional (IMO), que determinou cortes de 40% na intensidade de carbono até 2030 e reduções mais agressivas até 2050. A regulamentação prevê inclusive tarifas progressivas para embarcações que ultrapassarem os limites de emissões, pressionando governos e empresas a investir em combustíveis alternativos, novas tecnologias e práticas operacionais de baixo carbono.
Especialistas apontam que o transporte aquaviário, por ser um dos modais mais eficientes em termos de energia, pode se consolidar como protagonista na transição logística de baixo impacto. A combinação entre combustíveis sustentáveis, inovação tecnológica e gestão eficiente coloca o Brasil em posição estratégica para alinhar crescimento econômico e responsabilidade ambiental.
Os próximos passos incluem maior uso de biocombustíveis, investimentos em embarcações com tecnologias híbridas e a adoção de sistemas de monitoramento em tempo real para controle de emissões. Essas iniciativas, já testadas em outros países, tendem a acelerar a transição energética no setor e reforçar a competitividade do transporte aquaviário brasileiro no cenário global.
Fontes de referência:
Agência Gov; Governo Federal (Inventário de Gases de Efeito Estufa do Setor Aquaviário, 2025); Eixos; WayCarbon; International Maritime Organization (IMO).
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