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Ímãs de terras raras em produção no Brasil

A disputa tarifária entre Estados Unidos e China trouxe à tona a relevância estratégica dos minerais de terras raras, insumos indispensáveis para a fabricação de ímãs utilizados em celulares, veículos elétricos e inúmeras aplicações industriais. Com a restrição das exportações chinesas, grandes fabricantes globais, como a Tesla, já enfrentam atrasos em seus cronogramas produtivos, cenário que impulsionou países a buscar alternativas locais de fornecimento.

No Brasil, esse movimento ganha força com o projeto Magbras, um consórcio formado por 28 empresas e institutos de pesquisa em Minas Gerais. A iniciativa tem como propósito demonstrar, em escala nacional, toda a cadeia produtiva dos ímãs de terras raras, sendo da extração ao produto final. O eixo central do projeto é o Laboratório de Produção de Ímãs de Terras Raras (Labfab ITR), adquirido pela FIEMG em investimento de R$ 35 milhões.

Com aporte adicional de R$ 73,3 milhões do programa federal Mover (Mobilidade Verde), a planta já está em operação e tem capacidade atual de 100 toneladas por ano. A expectativa é que, a partir de 2026, a produção alcance 200 toneladas anuais, reforçando a autonomia industrial do país em um setor considerado crítico para a transição energética e tecnológica.

Esse avanço posiciona o Brasil como ator estratégico na corrida global por minerais de alto valor, reduzindo dependência externa e ampliando a competitividade industrial. O tema deve ganhar cada vez mais espaço nas discussões sobre inovação, eficiência e manutenção da indústria nacional.

Fontes de referência: FIEMG (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais); Projeto Magbras; Programa Federal Mover (Mobilidade Verde); relatórios do setor de mineração e transição energética.

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